PROCESSO CRIATIVO
Meu processo criativo se dá de maneira visceral.
Alguns trabalhos nascem de um parto, outros de um suspiro.
A maneira que interajo com o mundo - o que eu leio, o que eu como, o que eu escuto, minha relação com as pessoas e com a natureza - invade meu corpo, que digere e transborda de diversas formas.
Absorvo as sensações diante da vida, e as interpreto com o corpo inteiro. Talvez por isso a performance tenha se tornado minha principal forma de comunicação.
Não se trata de um processo mecânico e consciente; mas sim orgânico e visceral (ou transcendental). Uma espécie de digestão das peculiaridades da vida.
Trabalho em peças teatrais como cenógrafa e iluminadora, e em alguns casos me arrisco enquanto figurinista e designer gráfica. Junto a isso, desenvolvo trabalhos de artes visuais, que dialogam com a poética teatral.
Me proponho a levar a experiência da caixa preta para o cubo branco e vice versa, construindo um diálogo entre as linguagens artísticas. Assim como levo as experiências do meu dia a dia para as minhas criações. Faço isso como parte de uma conversa com o mundo.
A proposta maior é digerir minha existência.
Meu método é a tradução.
Tradução como equivalência.
Traição; transmutação; deslocamento; homenagem.